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Mostrando postagens de dezembro, 2010

SOLENIDADE COMEMORATIVA DE 57 ANOS OURO BRANCO

SESSÃO SOLENE DE 06 DE DEZEMBRO DE 2010 Senhoras e senhores, estudantes, familiares, autoridades presentes; Boa noite! Hoje, 06 de dezembro de 2010. É com grande prazer que iniciamos esta solenidade de titulação e entrega de certificados para comemorar os 57 anos de emancipação de nosso município. Inicialmente pedimos a todos que se levantem para cantarmos o Hino Nacional Brasileiro. Pedimos a todos que permaneçam de pé para ouvirem a letra, de José Bernardino Reis, de 1º de janeiro de 1954, para o hino comemorativo da criação e instalação do Município de Ouro Branco, à 12 de dezembro de 1953, lido pelo excelentíssimo Presidente da ACLOB Marco Antonio Cruz. ______________________________ OURO BRANCO, MUNICÍPIO TE TORNASTE E AS HONRAS DE CIDADE MERECESTE. SOBRE OS BRAÇOS DE TEUS FILHOS TE ELEVASTE; FOI COM O ARADO E A ENXADA QUE VENCESTE. ÈS COEVO DAS ENTRADAS E BANDEIRAS, E PUDESTE ILUMINADO SER UM DIA PELOS RAIOS FULGURANTES DA AURORA RUTILANTE DA LIBERDADE DA PÁTRIA, QUE SURGIA. TEU

PROSA NACIONAL - II CONCURSO - 1º LUGAR

  TEMPOS....... JOSÉ SAVIANO DE SOUZA – BELO HORIZONTE/MG Como habitualmente faço, hoje, ao acordar e ainda na cama, dei um clique no controle da TV. Ao se abrir a tela, uma sorridente repórter anunciava: _ “Daqui a cinco minutos, exatamente às 07h45min, começa a primavera, a estação das flores e da alegria.” “Hoje, dia e noite terão exatamente a mesma duração, é o equinócio.”, completou o co-apresentador. Mania besta esta de definir, limitar e matematizar tudo, pensei comigo. Desliguei o aparelho, mas não o pensamento... No princípio havia o tempo. Um tempo indefinido, de um repetitivo contínuo e dentro dele, o homem, os animais e coisas, muitas coisas. Sem muito que fazer, esse resolveu brincar com o tempo, dividindo-o em antes e depois. Não vendo utilidade no antes, tomou o depois, dividiu-o, subdividiu-o, agregou partes e estava criado o calendário, do qual passaria a ser refém. Aquele exatamente revolveu meu cérebro, o que me levou aos tempos de criança, quando as coisa eram aquil

PROSA NACIONAL - II CONCURSO - 2º LUGAR

  SEQÜESTRO DA VELHINHA CELSO POSSAS - NITERÓI /RJ Pacheco não gostava das segundas-feiras. Acordava lamentando e só ia trabalhar por obrigação. Para ele, até poderiam suprimir esse dia do calendário ou simplesmente considerá-lo feriado ou coisa parecida. Estava totalmente esgotado. O dia havia sido terrível e ele praticamente trabalhara o tempo inteiro em pé. Nem conseguiu chegar em casa a tempo de ver o Jornal Nacional pela TV. Ficaria, assim, sem saber de novas catástrofes pelo mundo, das dezenas de mortos em tiroteio no “complexo do alemão” e de mais outras importantes prisões de um grupo pela Polícia Federal, envolvendo roubalheira do patrimônio público por amigos do pessoal do Governo. O barulho do telefone tocando insistentemente acordou Pacheco, completamente arriado em sua poltrona favorita e esperando acabar o horário político na TV, com o som inteiramente desligado. Parecia um zumbi. • O que é! – Nem disse alô. Atendeu completamente sonolento e a voz totalmente aborrecida. O

PROSA NACIONAL - II CONCURSO - 3º LUGAR . *3 Trab. Clas.

  VOO CEGO RAIMUNDO NONATO ALBUQUERQUE - FORTALEZA/CE Em memória das vítimas do acidente aéreo de 08 de junho de 1982. Amamos sonhos. Corpo de baile, razão de vida. Disciplina árdua, abstinência da gula, martírio transcendido em pura essência, em poesia dançada. Leveza... Ritmo, movimento... a mais perfeita concretização da música. O corpo instrumento da beleza. E a graça etérea, de sensualidade velada, que encantava a tantos, enfeitiçou irremediavelmente alguém, que soube se chegar. Compartilhar emoção foi conseqüência natural. E, quando veio a certeza do sentir junto, a surpresa acanhada, antiquada: uma delicada aliança, jóia de família, primor de ourivesaria selou as juras. Planos, carinhos, conversas, silêncios. Almas misturadas à pele. Balé, entre delicado e frenético. Nas viagens, os corações trocados ansiavam reencontro. Ela no redemoinho dos aplausos, ele na espera ansiosa, olhar para o céu, consultar horários. Era o cisne, que ora adejava a tristeza em ondulações sutis, comove

PROSA NACIONAL II CONCURSO - 3º LUGAR *

  TIA ANÁLIA MARIA APPARECIDA S. COQUEMALA- ITARARÉ/SP Jovem, tinha o corpo bem feito, o rosto gracioso, as covinhas se destacando quando ria. Vaidosa do corpo, da cultura e da inteligência. Mas, o tempo fluiu, os olhos precisaram de óculos, os cabelos, de tinta. Marcas da vida iam aparecendo nas faces, as covinhas graciosas se transformando em rugas... Importava-se, como se importam mesmo as mulheres, mas encarava-as como naturais sinais da passagem do tempo, nela, em todo o mundo, por mais que cirurgias e outros recursos viessem prorrogando a velhice visível. Nos últimos anos, porém, a aparência a preocupava, desde que dera de observar nos velórios, tanto o morto como as ocorrências do momento. E daí também o desejo de explicação para as atitudes que a face dos defuntos parecia desencadear nas pessoas comuns, no geral, passantes de rua que iam entrando, formalidade nenhuma, quem quer que fosse o falecido, como atraídas pela morte ali concretizada em meio à dor e ao sofrimento. E como

PROSA NACIONAL II CONCURSO 3º LUGAR *

  VINGANÇA MARIA APPARECIDA S. COQUEMALA - ITARATÉ/SP Éramos de famílias de prole numerosa, de muita trabalheira, alegrias e tristezas se alternando na vida em construção. Morávamos em pequena cidade, meio perdida no sertão, surgida ao lado da via férrea, a artéria pulsante, com seus trens chegando em longos apitos, trazendo e levando gente, mercadorias, jornais... Famílias vizinhas. De um lado, o movimentado restaurante de uma; do outro, o grande armazém de secos e molhados da outra. Crescíamos sob as vistas de nossos pais, disciplinadores rigorosos, daí os temores, as travessuras escondidas, a cumplicidade... E mais nos unindo nas brincadeiras, pique, roda, amarelinha e que tais, união com freqüência desfeita pelos desentendimentos. Somente o cirquinho despertava tamanho interesse que as desavenças desapareciam, pois havia mil encargos: mágico, palhaço, equilibrista, dançarina, venda de bilhetes, arrumação das cadeiras, cuidados com os velhos lençóis que as mães emprestavam, venda de