5° LUGAR – POESIA INTERNACIONAL – VI Concurso Literário "Cidade de Ouro Branco"
Despedida
André de Castro – Roma - Itália
‘Despedida dá febre’ (João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas)
A presença dela?
Minha vereda para quem sempre corriam meus passos,
Meu ponto de chegada em que eu me fazia ir: admirado.
Para ela, agora, estou sempre indo e jamais chegado.
Sua falta agora!?
Meu campo árido sempre por me despedir,
A fazer-me em ermo; um caminho
Se alongando de meus andares.
Sem ela só teimo enganchado no existir.
Se o suor de saudade se me caísse pela epiderme
Se fizesse ‘coisa’,
Seria um tronco seco, duro, entre a mata toda sépia.
Não porque duramente
Se interpõe entre o que sou e o que ela é,
E sim porque faz de si mesma sombra, fresca e boa,
A me trazer em assobio a longeza dela.
Feito patativa.
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